Trinta e um de Outubro no Brasil. Sexta-feira. Em algum lugar do país, rolava uma festa à fantasia. Nada fora do comum.
Bebidas, músicas, risadas, pegação.
Andreia, uma garota muito linda, de cabelos escuros e lisos, pele branca e olhos extremamente verdes, vestia uma fantasia de vampira. A maquiagem e a sua própria vestimenta realçavam a sua beleza. Mas ela não era a única. Outras tantas garotas, e muitos dos garotos também, estavam bem vestidos, e estavam bonitos.
Mas Andreia se destacava. Era normal isso. Ela era o desejo de vários garotos e garotas da cidade.
Era quase meia-noite. Andreia, que já estava aproveitando bem a festa, e estava com umas amigas quando avistou um rapaz, ao longe, em uma fantasia diferente.
Ele vestia um terno preto com gravata da mesma cor, elegante, sapatos bem lustrados e luvas pretas. Mas o que chamava a atenção mesmo, era a fantasia de cabeça de abóbora que ele usava. Era grande, maior que o normal, de um laranja vivo. Parecia uma abóbora de verdade. Até dentro do sorriso e dos olhos entalhados, aquilo parecia uma abóbora. Com certeza a pessoa dentro daquela fantasia tinha dedicado muito tempo à ela.
Mas parecia que ninguém o estava notando. Naquela festa entupida de gente, Andreia analisou bem a situação. Ele estava sentado, em um canto, e o pessoal já estava bêbado para não ficar notando fantasias. E se alguém notava, não devia falar nada para ele, porque quando Andreia se aproximou, aos trancos, perto dele, e disse que a fantasia dele era incrível, ele se virou quase que assustado, colocou a grande cabeça de lado e disse:
- Você acha mesmo?
Sua voz era de um tom aveludado. Não era rouca, não era grossa e nem fina demais. Mas fazia-se ouvir mesmo durante uma festa. Pode-se dizer que ela estava "no ponto". E Andreia gostou do que ouviu.
- Qual seu nome? - Andreia pediu.
- Pode me chamar de Jack. E o seu?
- Andreia. Muito prazer, Jack.
- O prazer é todo meu.
Eles conversaram durante um bom tempo. Apenas jogaram papo fora. Se conheceram. Durante a conversa, Andreia se interessou ainda mais por Jack.
- Você é de Londres?! - Andreia falou assustada e entusiasmada, quando soube de onde Jack vinha.
Ele balançou positivamente a cabeça, reforçando a resposta.
- Mas você nem tem sotaque!
- Pois é. É que já faz um tempo que sai de lá.
- Quantos anos você tem? - A pergunta veio com uma piscadela.
Ele olhou para ela, e ela teve a sensação de que ele sorria:
- Bem, isso você vai ter que descobrir.
Após um tempo, Andreia queria sair dali. Queria ficar a sós com aquele rapaz. Ele inspirava confiança, segurança e força de vontade. Por vezes Andreia pediu para Jack tirar a máscara. Mas ele negava e dizia que só fosse tirar quando estivessem a sós. Ela pensava que nenhum homem podia ser tão feio e horrível e possuir uma voz daquelas, e então resolveu arriscar.
As amigas viram ela sair com Jack para algum lugar quando faltava alguns minutos para meia-noite.
Andreia foi encontrada dois dias depois, em vários sacos de lixo. Um pedaço em cada saco.
Em um dos sacos foi encontrada a única pista do crime. Entre os dedos de Andreia, um pedaço de abóbora.
O culpado nunca foi achado.
Quando o caso foi para a mídia, pessoas contataram a família de Andreia, dizendo que o mesmo caso havia acontecido com suas filhas e filhos. Um cara, vestido exatamente igual e também se chamando Jack, matou da mesma forma seus jovens.
Agora, dizem por aí, que todo ano, na época de Halloween, Jack aparece em alguma festa. Sempre quieto e na dele, até alguém lhe dar atenção. Ele não escolhe quem ele ataca.
Então, tome cuidado. E tenha um excelente Halloween.
Para todos os leitores, com muito carinho.
Jack.
Feliz Halloween a todos do LPSA!
ResponderExcluirObrigado Lucas! Pra você tbm! ^^
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFeliz Halloween a todo pessoal do blog, adoro vocês e seu trabalho, estarei acompanhando. Aproveitem essa noite mágica e misteriosa.
ResponderExcluirAbraços do seu amigo
Ice Prince
Obrigado e desejo o mesmo pra você, Ice!
ExcluirMuito obrigado. :)
ExcluirFeliz Holloween pra vcs!
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