Nome Completo: Reyna Salvatore
Idade: 16
Data de Nascimento: 13/10/1995
Nasceu em: Veneza - Itália
Atualmente está: São Paulo - Brasil
Condição Física: Magra, 40kg, altura: 1, 75
Características: Inocente, Esquizofrênica, Observadora, Superdotada (embora não demostre sua inteligência) e Frágil
Se encontra: Confusa e com medo
*Antiga Ocupação: Antes de enlouquecer, era estudante.

Eu ainda estava correndo.


Eu não fazia ideia de onde estava indo, só sabia que precisava ir para algum lugar longe dali. Aquela cena, iria ficar na minha cabeça para sempre.



Como aquelas pessoas poderiam estar se matando daquele jeito? Se mordendo, se esquartejando, com aqueles olhos vidrados, brancos, a pele pálida e suja de sangue...



Balancei a cabeça. Não, eu não iria deixar que aquilo me perturbasse pelo resto da minha vida, que talvez não seja longa.



Enquanto tentava tirar aquela cena horrível da cabeça, de repente tropecei numa pedra que estava na calçada. Caí no chão, esfolando as mãos, as pernas, os braços e a barriga, também rasgando a alça do sutiã preto.



- droga! - resmunguei, esfregando as partes esfoladas do meu corpo e segurando a alça rasgada. Eu realmente tinha muito azar...



Levantei-me e continuei a correr. Corri muito, até chegar num bosque. O bosque era grande, continha muitos pinheiros. Era escuro, apesar de ainda ser dia, e parecia ser um lugar onde nenhuma alma viva vagava. O lugar perfeito para um esconderijo.



Olhei para trás e vi que aquelas criaturas ainda lutavam entre si.



Comecei a analisar as possibilidades. Ou ficar e lutar contra aquelas coisas e provavelmente ter que matar muitos, ou entrar naquele bosque e me abrigar.



Decidi que seria uma ótima ideia me abrigar ali.



Respirei fundo e corri para a escuridão do bosque.



No momento em que entrei ali, senti a temperatura abaixar. Droga, e eu não tinha nenhuma blusa para me aquecer. Era tão escuro, quase nenhuma luz entrava ali. aquele lugar me dava tanto medo, mas era melhor do que ficar vendo aquelas criaturas.



Continuei andando. Quanto mais eu me adentrava naquele bosque, mais medo eu sentia. Era tão frio, tão escuro...



Parei um pouco para descansar. Eu deveria ter corrido alguns bons quilômetros desde que fugi do hospício. Ofegava repetidamente, e suava feito um porco. Encostei em uma árvore e sentei-me no chão. Estava com fome, no hospício só se vive a pão e água, uma vez por dia. Estava com sede. Se houvesse um rio ali perto...



Não, que besteira. Um rio, no meio de São Paulo? Há! Só se for o Tietê, o que realmente não ajudaria no meu caso.



Suspirei. Agora era uma luta pela sobrevivência. Pela minha sobrevivência.



Puxei o revólver que roubei daquela criatura e fiquei olhando para ele. Meu tio-avô Georgio havia lutado na Segunda Guerra Mundial, e por consequência, havia me ensinado tudo sobre armas de fogo e até como atirar. Não que eu gostasse, pelo contrário, acho que não é algo que se ensina pra uma criança de cinco anos, mas... A arma preferida do tio Georgio era a Glisenti M1910. A que estava em minhas mãos era uma ASG Dan Wesson.



Eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, eu mataria alguma outra criatura daquelas. Era pela minha sobrevivência, mas mesmo assim, eu sentia no meu interior que estava fazendo uma coisa errada.



Eu suspirei. Guardei novamente o revólver na calça e senti minhas pálpebras pesando. Não faria mal eu... dormir... um pouco...



Eu estava quase dormindo, quando um ronco de motor me despertou. Olhei para os lados, assustada. Quando olhei para trás, por onde eu tinha vindo, vi uma viatura policial vindo a toda velocidade, em minha direção.



No volante, uma daquelas criaturas pilotava a viatura.



A viatura se aproximava cada vez mais. Dez, cinco, dois metros...



Rolei para o lado no exato momento em que a viatura bateu na árvore onde eu estava. A criatura humanoide saiu da viatura e se encaminhava para mim. Puxei o revólver e dei quatro tiros na cabeça da criatura, ela estava morta.



Ofeguei. Eu estava me tornando uma assassina. Já havia tirado duas vidas, em apenas um dia. No que eu estava me transformando?



Levantei-me e fui até a viatura. Entrei no carro e dei ré (meu tio Georgio não me ensinou apenas a atirar). Encostei-me no banco, quando tive uma ideia.



Que abrigo melhor do que um carro?



Sorri. Com esse carro, eu poderia fugir dali, ir para outro lugar, e me abrigar em qualquer lugar. Era uma maravilha.



Abri o porta-luvas. Lá, havia duas garrafas d'água, dois sacos de Donuts (porque não estou surpresa?), um cobertor, walkie-talkies, um revólver e um cassetete. Era colírio para os olhos. Mais duas armas contra aquelas criaturas e mantimentos. Deus está do meu lado, agora eu sei disso.



Tranquei as portas do carro, me cobri com o cobertor e me ajeitei no banco do motorista. Fechei os olhos e deixei o sono vir.



A luta pela sobrevivência começou.

2 comentários:

  1. Ela aprendeu a dirigir antes dos nove anos e tipo, maior porta-luvas do mundo? Ainda assim, Reyna é o melhor personagem dessa saga pra mim e Sayaka, tu escreve bem pra caramba.

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  2. Essa parte dos equipamentos no carro foi meio forçado. E 4 tiros na cabeça? Chega doi tanto desperdício. Mas tá boa a história.

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