Ah, outro visitante! Prazer em conhecê-lo. Você é o terceiro a vir me visitar hoje, aliás os outros dois pareciam muito mais assustados do que você parece estar. Para alguém no seu ramo de trabalho, isso faz de você tanto sábio por todos os seus anos ou tolo além da compreensão. Cuide-se que você é o original. O que é isso? Oh, não me venha com esse ridículo “por que eles?” isso é asneira. Se fosse para você saber os mais escuros segredos desse universo, eles não embaralhariam sua mente como um laço a cada vez que um de vocês encontra um deles. Agora, não me venha com essa cara. Você teve um esforço enorme em chegar até aqui, mesmo que a maioria desses rituais sem sentido sejam desnecessários. Você deve acreditar em tudo o que lê, sabe. Eu observei você descer o corredor tempos atrás com esse espelho em sua mão. Foi meio hilário. Em reconhecimento de sua tenacidade, mal guiada do jeito que poderia ser, lhe contarei minha história. Você descobrirá algumas das coisas que veio procurar aqui, e provavelmente, enlouquecerá mesmo até o fim dela.

Primeiro eu soube que os Portadores e suas funções, entre todas as coisas, possuem um traço. Estava explorando nas profundezas da minha biblioteca favorita no centro da cidade onde eu vivia. Era um belo prédio, alto e extenso, feito principalmente de rocha. Gárgulas olhavam embaixo sobre um telhado inclinado do lugar, e duas estátuas angelicais guardavam a entrada, suas mãos erguidas num sinal de benevolência. Dentro era um verdadeiro palácio, um templo de coleta de conhecimento de nossa raça. Prateleiras sobre prateleiras e fileiras sobre fileiras de livros se espalhavam como uma pequena cidade até alcançarem a distante parede, a qual parecia estar à milhas de distância. Eu amava esse lugar, e sempre que podia, inventava algumas desculpas para passar horas entre os grandes escritos, pessoas anciãs e às vezes terríveis. Eu poderia ter passado três vidas lá e ainda não ter lido todos os livros que guardavam em suas paredes.

A biblioteca possuía cinco andares, cada andar guardando várias seções de múltiplos tópicos. Era raro vir em busca de um assunto em particular e não encontrar nada. Particularmente, meus favoritos eram aquelas histórias que possivelmente interessariam a você também, histórias de coisas escondidas, ocultas e escuras. Alegrava-me com o acúmulo de sabedoria proibida, e mesmo aqueles livros que eram obviamente de ficção, eu devorava com gosto. Cheguei a ler até mesmo o Necronomicon uma ou duas vezes, tendo sido mais cauteloso com esse do que com a maioria, e tomava cuidado para nunca lê-lo em voz alta. Eu era um coletor, como deve ter notado, e não tinha intenção de por esse conhecimento em prática. Para mim, simplesmente saber essas coisas era o suficiente, e até hoje, fico imaginando se foi isso que atraiu a atenção do Objeto.

 Um dia, em uma de minhas excursões para encontrar um livro com uma reputação particularmente suja, eu me encontrei na fileira do quinto andar, o mais longe da entrada que alguém já pode chegar. O quinto andar era onde muitos dos mais antigos livros poderiam ser encontrados, e mantinha uma certa raridade em seus visitantes devido a falta de interesse geral da população. Eu estava olhando pelo mofo, vagarosamente pelas prateleiras mal iluminadas quando meu pé esbarrou em uma rachadura que não tinha visto no chão. Eu cambaleei, e como reflexo, esbarrei na prateleira ao lado como um suporte. Claro, livros geralmente não são boas ancoras, e depois de ter feito isso, muitos livros caíram em cima de mim. A dor me fez cair no chão, e comecei a colocar os livros de novo nas prateleiras. Enquanto eu pegava o último que havia caído, eu notei algo único. Ele era menor do que a maioria dos grandes volumes comuns nessa parte da biblioteca, quase do tamanho de um romance de capa dura médio. A capa por si só parecia ter sido feita da mais barato couro, e estava quase que desprovido de decorações. Não tinha título, sem imagens esboçadas, nada que pudesse identificar o que havia dentro do livro. Minha curiosidade rapidamente tomou conta de mim, e eu abri a primeira página.

Dentro dele as páginas estavam completas com um texto escrito a mão, numa linguagem que nunca havia visto antes. As páginas em si estavam desprovidas de qualquer linha que pudessem guiar o escritor, mas ainda cada sentença estava perfeitamente alinhadas, marchando pelas páginas em passos curtos como o resto da escrita. Tinha a aparência de algum tipo de jornal. Intrigado, eu virei para o restante do livro. Após quase metade do livro, um lápis caiu de onde esteve cravado por entre as páginas, saltando no chão e parando perto de meus pés. As páginas depois de onde estava o lápis, estavam em brando, e parecia que o misterioso autor havia parado no meio da palavra. Me curvei para pegar o lápis, e achei ele mais misterioso que o livro.

Não era como a maioria dos utensílios de escrever que você normalmente vê, decorando a mesa de todo estudante no país. Parecia mais como um galho de árvore, a parte de fora estava coberta com o que parecia pedaços de árvore, e estava torto em muitos lugares. A ponta de chumbo era a única coisa que poderia ser identificada como objeto de escrita. Além disso, enquanto eu girava ele pelas minhas mãos, notei que estava coberto por uma escrita, o mesmo alfabeto que estava no livro. Eu olhei mais perto, e enquanto girava o lápis, eu notei que algo me fez derrubar aquela coisa num instante. O texto estava se movendo, girando pelo instrumento a medida em que ele atingia o chão. Eu encarei isso por muitos segundos enquanto ele percorria o chão, tentando entender se o que eu estava vendo era real ou se eu já estava há muito tempo naquela seção. Depois de um longo instante, eu me curvei e cautelosamente peguei o lápis de novo, como se estivesse tendo que lidar com algum tipo de aranha venenosa. Eu olhei para o texto atentamente, mas dessa vez, ele parecia estar realmente cravado na casca. Estava mais do que convencido a estudar minha descoberta mais de perto, e enquanto o livro não tinha marcas de identificação, decidi pegá-lo sem ter que incomodar os bibliotecários. Sai da biblioteca rapidamente, com o livro e o lápis escondidos em minha jaqueta.

Cheguei em casa no final da tarde, e entrei imediatamente para meu escritório numa toca. Eu morava sozinho, então não me importei em trancar as portas como eu normalmente faço quando visitas estão para chegar. Eu mantinha minha coleção de esquisitices lá, e a presença delas teria sido motivo de irritação para alguns de meus visitantes. Eu abri o livro, e me pus a trabalhar, olhando minha biblioteca pessoal, procurando algo que fosse semelhante ao texto. Horas se passaram enquanto estava procurando pelos mil anos de livros de várias linguagens. Eu até mesmo fui até os dialetos da antiga Babilônia, embora por que alguém iria escrever em tal dialeto nesses dias e que seria desconhecido para mim. Finalmente, em um livro grosso em Sânscrito a qual adquiri com mais capricho do que qualquer outra coisa, eu encontrei um arranjo similar de cartas. Depois de muitas comparações entre os livros eu estava disposto a ler cada palavra daquelas páginas.

Eu não sabia o que havia de tão especial nessas palavras em particular, tudo que elas diziam era para assistir ou ver dependendo do contexto, mas enquanto eu lia isso, um sentimento profundo de que algo terrível estava sobre mim. Meu corpo começou a estremecer, e eu lembro de ter um sentimento distinto de que alguém estava em pé a porta da caverna. Eu virei com um olhar horrorizado para a porta, mas não vi nada. O sentimento não saiu, e eu me levantei rápido para me distanciar daquele livro demoníaco. Enquanto eu ia para longe, tropecei nas pernas da minha cadeira que havia caído, e caí no chão. Eu apaguei.

Quando acordei, os sentimentos haviam desaparecido, apesar de ainda estar nervoso. Coloquei a mão em minha cabeça, mas não senti nenhuma ferida. Devo ter desmaiado de tanto medo. Em um ato heroico, endireitei a cadeira e me sentei novamente Eu li as palavras do livro de novo, só para ver se iria me afetar do mesmo jeito. Nada. O que quer que aquilo fosse, o que senti, já se foi. Fiquei de pé a noite toda tentando decifrar o resto do texto, mas não tive sorte. A linguagem estava obviamente mais distante do Sânscrito, mas se há registros de sua existência, eu não o possuo. Finalmente, eu me deitei no sofá no canto da sala, e dormi.

Acordei de manhã após algumas horas de um surpreendente descanço, e imediatamente sentei em minha mesa. Voei pelas páginas do livro uma última vez, e arrependido, o fechei. Desde o começo, ele era um caso perdido. Ao invés disso, peguei o lápis. O texto cravado nele permanecia fixado. Porque eu fiz o que fiz depois é desconhecido, até por mim depois de tantos anos. Eu abri as páginas em branco do livro, coloquei o lápis sobre elas, e comecei a escrever. Minha intenção era escrever uma simples frase, algo em minha língua e que fosse estúpido como "Eu tenho um lápis do mal", mas o que estava na folha quando terminei não era o que eu tinha a intenção de escrever. Estava em minha língua nativa, mas o que aquilo dizia renovou o sentimento de medo que eu tive antes. Não, eu não vou te dizer o que aquilo dizia, pois aquilo não é para você saber. Eu fui um idiota em querer me meter nessas coisas, e pelo menos eu posso tentar te prevenir do mesmo erro. Superando minha hesitação, tentei de novo, fixando firmemente a frase que queria escrever em minha mente. O resultado foi o mesmo, uma frase diferente da primeira, e totalmente diferente do que eu tinha em mente. Eu devia ter parado ali. Devia ter queimado o livro e o horrível lápis, e nunca mais procurar por coisas assim novamente. Mas invés disso, me agarrei a minha equivocada curiosidade, e continuei escrevendo.

Eu me permiti afundar no poder do que quer que seja que residia naquele lápis, escrevendo página por página de coisas grotescas que eu jamais me atrevi a pensar em uma circunstancia normal. Enquanto escrevia, eu lia meu trabalho, absorvendo o conhecimento que ele tinha. Eu aprendi sobre os Portadores, e os Seekers, e os 2538 Objetos que trarão o Fim. Aprendi sobre todas as coisas e um pouco mais, e parecia que minha mente era arremessada a mais incrível força aos mais distantes alcances da existência e voltava. Em um momento descobri por que o autor original havia parado de escrever: ele ou ela não conseguiu suportar o horror do que escreviam. Eu não sei quantas horas ou dias se passaram enquanto estava em minha mesa escrevendo, mas depois de um tempo eu me dei conta de que meu braço não estava mais se movendo. Eu olhei para a folha, e vi que havia escrito o resto do livro. Ele ficou aberto na última página, e o conteúdo estava olhando para mim. A última página não era só palavras, mas mais de uma imagem.
Um círculo perfeito no centro, rodeado por textos. As palavras curvadas e misturadas, formando círculos pelo centro. Alguns desses círculos de textos eram do mesmo tamanho, outros meramente se cruzavam, mas todos desenhavam um olho no centro, e todos estavam com aquela mesma linguagem dominante do livro quando o encontrei. Devagar, e com um crescente sentimento de desconforto, comecei a traçar os círculos com meus dedos, chegando cada vez mais perto do círculo central. Não sabia por que estava fazendo isso, aquela linguagem estava mais misteriosa para mim do que quando encontrei o livro, mas parecia a coisa certa a se fazer. Finalmente, toquei o centro da página.

Meu sentidos me traíram, e era como se cada um deles decidiram individualmente interpretar a realidade da forma que queriam, em vez de trabalharem juntos. Eu ouvi coisas que não condiziam com o que eu via ou o que sentia, ou cheirava, e nada do que experimentava parecia ter ligação com as outras coisas. Era o caos, perfeito e completo. Eu entrei em panico, incapaz  de fazer com que as coisas fizessem sentido. Era como se estivesse tentando entender doze conversas diferentes que começaram de uma só vez. Eu entrei uma loucura cacofônica.

Quando finalmente consegui recuperar o senso dos meus arredores novamente, eu estava surpreso em me encontrar na biblioteca. Não era a biblioteca a qual eu amava passar meu tempo. Não, essa parecia muito mais antiga. Muitos dos livros não passavam de pilhas de mofo, e até mesmo as prateleiras pareciam estar petrificadas pela idade. Também não gostava da biblioteca que frequentava, mas essa cabia inteira dentro de um quarto. Não havia chão, somente uma sala ciclópica que se estende pela escuridão. Desprovida de qualquer rastro de luz, descobri que podia de alguma forma ver, e vi o que parecia uma porta ao final da expansão. Não havendo outra saída óbvia, eu fui em direção a essa. Enquanto me arrastava para perto da porta que se tornava mais clara, ela se tornava um grande portal de ferro que dava em um quarto além.

Pela porta havia um grande corredor, cheio em ambos os lados de estátuas em vários estágios de destruição. Não havia portas em nenhum lado, e como o quarto anterior, era completamente escuro. Duas estátuas eram exatamente as mesmas, e até pensei de primeira que eram como as antigas esculturas Gregas ou Romanas, que rapidamente se tornaram monstruosas ao final do corredor que eu andava. Eu disse a mim mesmo que era um sonho, mas ainda me encolhi quando vi algumas delas se movendo. Percebi que eu estava me movendo com o propósito que só pode ser alcançado por alguém que sabe exatamente onde está indo, e a medida em que passava por certas estátuas notei vários sinais estranhos em suas mãos.  Não fazia ideia de por que eu via algumas estátuas com calma, enquanto passava por outras rapidamente até que estivessem fora de vista. Todas pareciam estranhas e horríveis para mim. Eu sabia que seus atos tinham um significado, e que coisas horríveis poderiam acontecer se elas parassem, mas como eu sabia aquilo era um mistério. Finalmente, depois de uma eternidade andando, cheguei ao final do corredor.

Ao final o corredor era pequeno, com uma porta simples, e onde parei era pequeno. O sentimento de que havia cavado minha cova veio sobre mim novamente. Senti a mais poderosa sensação de pavor que jamais tive antes. Era quase que fisicamente doloroso ficar em pé ali, em frente aquela porta. Comecei a chacoalhar descontroladamente, que mal podia controlar meu próprio corpo e colocar a mão na maçaneta. Sem saber como eu sabia, estava certo de que minha morte estava atrás daquela porta. Com uma suprema força de vontade, eu finalmente aceitei meu julgamento e segurei a maçaneta. Apesar de tudo, eu cheguei longe. Eu seria condenado se tivesse fugido quando estava tão perto de saber, de entender o que aquele terrível livro e lápis realmente eram e por que os temia mais do que o mais tenebroso dos demônios. Abri a porta.

No outro lado me encontrei em uma sala circular de uns trinta pés de diâmetro. As paredes eram inteiramente cobertas com livros, mas esses não eram os cobertos de mofo que encontrei antes. Estes estavam intactos, apesar de serem muito antigos, eles emanavam uma aura de grande e terrível poder. No centro da sala estava sentado um homem, rabiscando em um livro que estava sobre uma mesa em frente a ele. Sua cabeça estava inclinada trabalhando, então não pude ver seu rosto com clareza. Suas roupas eram de um design que não estava acostumado a ver, longas e flutuando, e cada centímetro do tecido estava coberto com palavras e símbolos. Os reconheci pois eram as letras daquela linguagem desconhecida que tinha tentado decifrar, as letras que tinha escrito no final daquela página do livro. Parecia que ele não havia me notado, apesar de que deve ter me ouvido entrar. Eu parei em pé congelado por um minuto próximo da porta, então me preparei mentalmente e dei um passo à frente. O homem não se moveu, ele somente continuou a rabiscar no livro. Cheguei mais perto, ainda sem resposta. Dei outro e mais outro, até me encontrar olhando para o homem curvado. Ele não reagiu. Então, tentei tocar seu ombro.

Antes que minha mão tivesse tocado em sua roupa, ele se virou com uma impossível rapidez. Eu quase saí de minha pele quando seus dedos agarraram meu braço. Ele olhou para cima, e eu olhei diretamente em seus olhos. O homem era eu. Cada traço, cada aspecto do meu rosto estava me olhando de volta daquele corpo gelado. Os olhos, entretanto, os olhos eram diferentes. Não tinham pupilas, mas pareciam que as íris abriam uma passagem para dentro de um espaço de tamanho imensurável. Naqueles olhos eu vi planetas, estrelas, e a forma de galáxias. Eu vi o nascer e a destruição de civilizações, e vi a terrível escuridão amedrontando nosso mundo, corrompendo ou destruindo tudo. Percebi que estava gritando, mas meu doppelganger não me soltou. Ele arrastou sua outra mão para trás, e vi que ela estava segurando aquele lápis maldito, o mesmo que eu tinha deixado na minha mesa, muito longe de onde eu estava agora. Mal tive tempo suficiente para compreender quais eram as intenções dele, antes que ele enfiasse o lápis em meu peito. Eu me enrijeci, e senti meu coração parar. A última coisa que me lembro daquele lugar é minha cópia se inclinando sobre meu corpo, e subindo em cima de mim.  Sua boca estava se movendo, as eu não consegui descobrir o que ele dizia antes que minha visão escurecesse.

Acordei e me encontro parado no meio do corredor de minha própria biblioteca, no mesmo lugar onde primeiro encontrei o livro. Em minha mão esquerda segurava o livro, e na direita o lápis. A ponta estava coberta de sangue. Horrorizado, procurei em mim cicatrizes, mas não encontrei nenhuma. Bravamente considerei colocar ambos dos objetos amaldiçoados de volta onde os encontrei, mas até mesmo o pensamento de deixá-los lá, me rejeitava.

Desde então, eu tenho vindo saber o que realmente encontrei naquela biblioteca. Entendo agora o que aquele lugar escuro era, e o que eu fiz lá. Ignorei meu bom senso, passei por cima dos limites da sanidade, tudo pelo desejo de conhecimento. Estava disposto a possuir aquela sabedoria a todo custo, até mesmo daria minha alma, e então o Portador me daria o que eu desejo. Ele me concedeu seu conhecimento. Ele me tornou o Portador das Memórias.

Com a sabedoria que ganhei, eu tenho viajado por lugares que os olhos humanos jamais virão ou se quer verão novamente. Eu cheguei dentro da escuridão do espaço para tocar o que te deixaria louco para compreender. A todo momento eu sinto a presença de outros objetos e aqueles que os guardam e os procuram. Até mesmo a mente de Legião, sentado em seu museu obscuro, está aberta para mim mesmo que ele não saiba. Eu não sou mais um humano.

Todo aquele poder, claro, veio com um custo. Eu estou proibido de usar meu poder para ajudar ou impedir aqueles que procuram os Objetos. Eu devo somente assistir, e gravar suas histórias pela eternidade. O que aconteceu com o livro e o lápis? Eu queimei o livro, ele não era mais necessário. O lápis está em uma bolsa na coleção de Legião. Ele veio à procura daquilo um dia, e eu feliz o dei, mais isso não o fará bem. Ainda é um Objeto, mas as letras desapareceram de sua superfície. A sabedoria que o lápis possuía era para mim, e somente para mim.

Qual era o objetivo, então, de vir até mim quando eu não posso te ajudar? Você não esperava que fosse fácil, certo? Veio aqui procurando informação, e é isso o que você conseguiu. Como usar ela é sua tarefa a descobrir. Se você vai ter sucesso ou falhará, de qualquer forma, saiba que eu estarei vendo. Agora, vá embora daqui, ou coisas inomináveis e terríveis virão acabar com você. Não, na verdade não, mas você veio aqui com certa expectativa, e parece uma vergonha não cumprir pelo menos alguns deles. Depressa, agora. A hora está chegando. 

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