Nome Completo: Reyna Salvatore
Idade: 16
Data de Nascimento: 13/10/1995
Nasceu em: Veneza - Itália
Atualmente está: São Paulo - Brasil
Condição Física: Magra, 40kg, altura: 1, 75
Características: Inocente, Esquizofrênica, Observadora, Superdotada (embora não demostre sua inteligência) e Frágil
Se encontra: Fugindo com um desconhecido
*Antiga Ocupação: Antes de enlouquecer, era estudante.

Olhei pela janela. Uns 500 metros de onde estávamos, havia cinco caras abrindo caminho pela mata.

- o que eles querem de você? - perguntei.

- eu meio que devo uma grana pra eles. - disse Pedro.

- quanto?

- uns 10 mil.

Olhei para Pedro incrédula.

- 10 MIL?!

Ele fez um gesto de "não tem importância" e falou:

- perdi uma aposta.

- você apostou 10 MIL?! - repeti.

- o fato é - ele desviou do assunto. - esses caras vão nos matar se não pisarmos fundo.

Bufei e acelerei pela mata.

Enquanto dirigia, pensava na encrenca em que havia me metido. Como se já não bastasse aquelas... coisas me perseguindo, agora ainda teria que me preocupar com mais cinco caras. Argh, minha vida é horrível.

- você conhece essa região? - perguntei.

- mais ou menos. - ele respondeu.

- onde vai dar?

- estamos totalmente fora de alguma área de tráfego de São Paulo. - disse Pedro. - estamos em algum lugar no limite. Sem ruas ou estradas.

- não é possível que eu tenha saído tão rápido da cidade. Quando entrei aqui, ainda havia a cidade. - contrariei.

Uma das minhas qualidades era ser muito teimosa.

Pedro sacudiu a cabeça.

- você deve estar se confundindo, deixando alguma coisa passar. Estamos praticamente no interior de São Paulo. Lembre-se bem do caminho que você fez.

Fiquei pensando. Estava tão assustada que realmente eu deveria estar deixando algo passar.

Continuei tentando lembrar. Até que... é claro! Eu não havia chegado ali por meio da cidade. Não havia bosques no meio de São Paulo. Agora eu me lembrava. Eu corri tanto que cheguei em uma estrada, do tipo que pegamos pra fazer uma viagem para o interior. Nessa estrada, nos dois lados, havia mato e árvores e tudo do tipo. Eu pulei da estrada e foi assim que havia chegado ali. A trilha provavelmente era fruto da minha imaginação que estava perturbada pelo terror. Olhando pelo retrovisor, podia ver que não havia trilha nenhuma. A viatura policial daquela criatura provavelmente havia caído da estrada.

Como pude ser tão estúpida e deixado o pânico me dominar? Deixado de lembrar detalhes tão importantes?

- agora eu me lembro. - admiti. - cheguei aqui por intermédio de uma estrada. E estou dirigindo na direção contrária á estrada, então, obviamente, São Paulo está ficando pra trás.

- é claro. - disse Pedro.

- então onde isso vai dar?

- Não faço ideia.

Segurei o impulso de bater naquele cara.

- estamos no meio do fim do mundo, sendo perseguidos, indo sei lá pra onde e você mantém esse calma toda como?!

Pedro deu de ombros.

- você é que é muito estressada.

- eu posso ser tudo, menos estressada.

- então você tá ligada nos 220.

- eu não tô ligada nos 220.

- então tá só na defensiva.

- eu não tô na defensiva.

- você só discorda de tudo o que eu falo!

- nisso eu posso concordar.

- quer saber? Achei que você fosse uma garota legal, mas tô vendo que não! É só uma... uma... una bambina viziata!

Freei o carro. Ele havia ido longe demais.

- Non usare la mia lingua contro di me, Alves. - respondi.

- Fottiti, Salvatore.

Se ele já tinha ido longe demais, agora havia ido mais ainda.

Olhei para ele devagar.

- pagare il tuo debito da solo, Pedro.

Abri a porta dele, o empurrei para fora e acelerei.

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