Nome Completo: Sérgio Campestre.
Idade: 27 anos.
Data de nascimento: 07/04/1984
Nasceu em: Guaporé/RS
Atualmente está: Em Guaporé/RS
Condição Física: No peso ideal; Mede 1,75 cm.
Características: Aventureiro; Rabugento; Manipulador; Sarcástico; Criativo.
Se encontra: Atento e procurando uma maneira de escapar.



- Certo, - Comecei a falar para mim mesmo, enquanto dirigia. - estou com duas armas, um carro com pouca gasolina, e preciso sair daqui. 

Me concentrei em ir até o autódromo nacional da cidade, já que a delegacia parecia estar entupida de zumbis quando passei por ela. Devia ter algum carro lá, apesar de tudo. Não havia muito deles depois que passei daquela horda pelo caminho, então eu teria algum tempo. 

Quando eu entrei no autódromo, estranhamente vi o que era rotineiro. Quase todo o campo aberto que tem lá, e as ruas de corrida vazias.

- Estranho, muito estranho...

Não fazia nem um dia que eu estava vivendo aquele pesadelo. Mas já estava começando a acostumar. Enquanto eu entrava no lugar, avistei alguns carros perto da entrada de lugar que costumavam fazer jantas. 

Cheguei lá e comecei a olhar nos carros, para ver se encontrava algum com gasolina suficiente para eu chegar na próxima cidade. Eu não precisava de muito, mas aquilo que eu tinha no carro que eu estava dirigindo não bastava. 

- Droga! Será que nenhum aqui presta?

Então pude notar que algo que se aproximava de mim. Virei-me rapidamente e vi uma das criaturas na minha direção. Ela andava desengonçada, muito diferente de horas atrás. Ela estava sem camisa, e tinha furos de bala no seu peito. 

Em princípio eu quis correr. A adrenalina estava no máximo. Mas eu notei que ela era muito lenta para me pegar, e eu tenho um bom pique. Eu conseguiria achar algum lugar antes de eu me cansar. Então olhei ao redor e não avistei nada. 

- Bem, - Respirei fundo, tomando controle de mim. - ótima hora para treinar pontaria e se livrar dessa arma barulhenta.  

Engatilhei a espingarda novamente e apontei na direção da cabeça da criatura.

Dei um leve sorriso, e gastei minha a última bala de espingarda explodindo a cabeça daquele verme.

- Rá! - Joguei a espingarda longe e ajeitei as calças. - Foi fácil.

Olhei aleatoriamente para a pequena capela que estava numa distância razoável de mim. E vi dezenas daqueles monstros vindo na minha direção.

Meu sorriso desapareceu completamente.

- Mas que merda... 

Comecei a correr e gritar por socorro, enquanto as criaturas vinham, umas mais rápido que outras. 

Então alguém apareceu em cima de um bloco de concreto e disse para eu subir. Era uma moça, jovem, morena e linda.

Rapidamente eu atendi o chamado e pulei em com todas as forças em cima do bloco. Mais um cara apareceu e eles me puxaram para cima. As criaturas mais rápidas chegaram e tentaram subir, mas elas não tinham nenhuma coordenação motora e simplesmente batiam contra o concreto.

- Você está bem? - A linda morena de olhos verdes falou para mim.

- E-estou. - Mal consegui falar, em parte pelo susto e em parte pelo encanto.

- Mas o que você tem na cabeça? Titica de galinha? - Quem falou isso foi o rapaz, igualmente jovem, loiro encrespado. Não gostei dele. Eu não conseguia responder, mas tenho certeza que meus olhos falaram por mim.

- Não começa Gabriel. Primeiro de tudo, vamos sair daqui. Não queremos atrair mais dessas coisas. - Minha salvadora falou. - Falar nisso, meu nome é Sabrina, prazer. - Sabrina. Lindo nome.

Entramos em um daqueles prédios. Lá dentro havia outra garota, aparentemente da mesma idade dos outros e loira também. 

- Quem é esse? - Ela disse.

- Um desavisado que quase morreu lá fora. - Gabriel falou. Acho que ele ainda não tinha notado meus olhos o fuzilando.

- Gabriel! - Sabrina falou rudemente. - Seja mais educado. Em tempos assim é bom sermos unidos. Anita, esse é.... Qual seu nome?

- Meu nome é Sérgio. - Aquela garota só podia ser uma das Maravilhas do mundo. Ou um dos pecados capitais.

- Bem, Sérgio, como você chegou aqui? - Anita disse.

- Eu peguei uma carona com um garoto da idade de vocês.

- Ué... E cadê ele? 

- Bem... Quando chegamos fomos atacados. Ele não conseguiu...

- A gente ouviu um tiro de espingarda antes. - Gabriel falou. - Foi você?

- Aquele tinha sido meu último tiro. Nem a arma eu tenho mais.

- Nossa! - Gabriel agiu de modo como se quisesse me socar. Talvez ele não quisesse realmente. Mas eu queria. 

- Calma Gabi. - Anita o apaziguou. - Ele não sabia.

- A gente tem um estoque aqui. - Sabrina começou a falar. - Temos balas que conseguimos em alguns carros policiais. Mas, infelizmente, não temos armas nenhuma. Por acaso você não tem outra não é?

Ajeitei-me discretamente para não verem a pistola escondida na minha cintura. 

- Infelizmente, não. - Falei, balançando a cabeça.

- Imaginei. Bem, agora o que podemos fazer é nos ajudar mutuamente. Vem, a Anita vai te mostrar como nos ajeitamos aqui.

Então eles nos mostraram o lugar. Era um ambiente enorme, com enormes janelas em todos os cantos. Havia um estoque de salgadinhos, bolachas e outras porcarias, além de bebidas quentes. Aquele lugar era um "barzinho" antes. Haviam dois banheiros também, o que não faria muita diferença sem água encanada. Havia mais dois lugares que foram transformados em quartos, sendo um a cozinha.

- E você fica nesse, separado dos nossos. - Gabriel que me falava, separado das garotas.

- Você quer a diversão só pra ti é? - Falei, debochando dele.

Ele chegou perto de mim e disse, querendo me intimidar.

- Você está engando e... Se encostar um dedo nelas, vai ser um homem morto. 

Apenas olhei para ele, enquanto ele me encarava e ia embora. Um sentimento começou a crescer dentro de mim. Sabrina passou ao longe e me cumprimentou. Eu cumprimentei de volta. Eu sabia que sentimento era aquele.

Já tinha chegado a escura noite. As criaturas haviam cercado nosso prédio. Das escadas de acesso, uma estava destruída, com um bloco de concreto servindo como "passagem" para dentro, e a outra tinha uma barricada enorme, feita com mesas e cadeiras. 

Anita estava na cozinha, conversando com a linda Sabrina, enquanto Gabriel estava no telhado tentando avistar por ajuda. Eles tinham uma escada pelo lado de fora que possibilitava isso.

Era a minha chance.

Subi até lá com ele. Ele me avistou e disse:

- Tá fazendo o que aqui?

- Acho que não começamos bem, eu e você. - Me aproximei dele. - Sei que você está receoso comigo, e não o culpo. Quando eu cheguei aqui, não vou mentir, fiquei com raiva do modo como era tratado por você. Mas aí eu pensei bastante e percebi que você, na realidade, só está querendo o melhor para essas garotas, não é?

Ele olhou desconfiado para mim, mas logo começou a falar:

- Anita é minha irmã. Sabrina é minha namorada. Nós estávamos aqui mesmo quando tudo começou mais cedo. Ainda não acredito. Tudo o que conhecemos simplesmente sumiu. Como num passe de mágica. E eu tomei a responsabilidade por elas. Achei que daria conta, mas mesmo assim é complicado.

- Entendo. Eu vou facilitar as coisas para você. Eu posso ir embora, mas preciso de alguns dias...

- Mesmo? Ah, não leve a mal. Mas é que realmente isso tira um peso sobre mim.  Se quiser ajuda, posso te dizer que no final da rua está nosso carro. O tanque está quase cheio. E... Obrigado. Acho que você é um cara bom no final das contas.

Ele se virou novamente e caminhou até a borda do prédio.  Eu fui logo atrás. 

- Bem, digamos que você está enganado. - Eu disse.

Ele sentiu algo errado, mas não teve muito tempo para pensar. Eu já tinha cortado o pescoço dele com uma faca que peguei na cozinha. Ele começou a cair e eu peguei ele pela camiseta. Ele olhava aterrorizado para mim.

- Não se preocupe com sua irmã e sua namoradinha. - Eu disse. - Vou cuidar muito bem delas.

Ele apenas me encarava assustadoramente, enquanto eu soltava ele de cima do prédio, e, em silêncio, ele caía no meio das criaturas. 

- Hora do lanche. - Falei, dando um meio sorriso. 

Ajeitei minhas calças novamente e me virei em direção de onde eu vim.  

- Um homem tem suas necessidades ao final de contas. 

Então fui ao encontro de duas belas garotas.

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