Nome Completo: Fernando Borges 

Idade: 20 anos
Data de nascimento: 24/05/1993
Nasceu em: Marechal Cândido Rondon - PR
Atualmente está: Pequeno quartel em um cidade do interior, PR
Condição Física: Pouco acima do peso, 87 Kg. Altura: 1,83
Características: Ateu, fumante, sensível, extrovertido, criativo, irresponsável, impulsivo.
Se encontra: Sem perspectiva, mas conseguindo sobreviver.
Antiga ocupação: Cabo Armeiro, Exercito Brasileiro.

Eu estava de serviço naquela noite, era perto das 22 h e eu estava com a sala de armas aberta, pois estava esperando o superior de dia ir pegar a pistola e munição para fazer a sua ronda das 23h. Sentado a minha escrivaninha com um FAL(Fuzil Automático Leve)  aberto, que eu estava verificando uma falha no percussor do ferrolho, e de repente escuto um tiro.

O PDA(Plano de Defesa do Aquartelamento) foi acionado, pensei comigo.

Rapidamente fechei a porta blindada da sala e fiquei a espera de que o Tenente oficial de dia ou Coronel superior de dia chegasse e falasse a senha para pegar munição ou algo que precisasse.

Um tiro aqui outro lá, foram ficando cada vez mais frequentes, mas ninguém apareceu a minha porta, quando pouco a pouco foram cessando.

Eu já estava muito preocupado e não fazia ideia do que estava acontecendo, resolvi procurar um rádio nos armários. Com muito sacrifício achei um, más estava sem bateria, tirei a bateria e deixei alguns minutos carregando para que pudesse fazer ao menos um contato por menor que seja, para falar com a guarda que ficava na entrada do quartel.
- corpo da guarda, aqui cabo armeiro, cambio.
- corpo da guarda, aqui cabo armeiro, alguém na escuta cambio?

Nada.

Algo estava muito errado poderia ser uma invasão, a guarda poderia estar toda rendida. Sem saber o que fazer passei a noite toda em claro esperando algum sinal.

6:30 da manha, e o toque de alvorada ainda não tinha sido tocado. 

A essa altura todas as coisas horríveis imagináveis já tinham passado a minha cabeça, mas nada chegava perto do que eu estava para ver.

Vesti minha gandola(parte superior da farda) que estava pendurada em uma baioneta na prateleira das facas e abri a porta lentamente, não vi ninguém apenas uma mão como se tivesse sido rasgada na altura do antibraço, ela estava no chão, ao lado de uma poça de sangue. Fechei a porta novamente.

Assustado não sabia o que fazer, sentei-me e esperei minha mão parar de tremer.

Com uma pistola 9mm no coldre da perna direita, e um FAL na mão abri a porta novamente e e dei de cara com o Sgt (sargento) comandante da guarda sem uma das pernas, barriga aberta e as tripas de fora, roendo o que tinha sobrado da mão. Havia um rastro de sangue no saguão da companhia por onde ele tinha se arrastado.

Mal fechei a porta novamente e desmaiei.

Acordado novamente, deixei meu FAL, peguei em colete tático, uma SMG 9mm apelidada por nós de ''beretinha'', uma escopeta (Cal. 12) e enchi os bolsos de munição.
Sai para fora novamente, mas sabendo agora o que me esperava.

O lugar parecia que tinha sido atacado por vândalos, mas com sangue pelo chão.
Fui espreitando cautelosamente pelo corredor, parecia que não tinha mais ninguém ali.

Dentro dos muros do quartel, ao redor das instalações há muitas arvores e arbustos altos, logo percebi que seria mais seguro ir por ali, até chegar ao portão. No final do corredor da companhia avia uma alameda, atravessando a alameda ia dar nas arvores.

Atravessei a alameda o mais rápido que pude, bom não foi lá muito rápido.  

Caminhando abaixado  mato a dentro pude ver, pelo vidro das janelas, que ainda haviam alguns zumbis "perdidos", nesse momento achei que o melhor a fazer era sair do quartel o mais rápido possível.

Quando cheguei próximo ao portão vi que o mesmo estava aberto, e que na rua havia dezenas de zumbis caminhando sem direção.

O portão tinha aproximadamente 4 metros de altura e 6 de comprimento assim como os muros, ele era de correr,tinha um cadeado industrial que ficava pendurando nele quando aberto, não era automático mas uma vez que fechado, seria quase impossível de arrombar por fora.

Estava ao lado do portão, agachado, olhando na diagonal, vendo aqueles corpos mortos caminhando pela rua, quando do nada algo salta sobre mim. Era um deles.

Dei um berro, caímos os dois na alameda que dava para a rua, cai de joelhos, e ele rolou e parou uns 2 metros de mim, o que deu tempo suficiente para pegar a 12 da dar um tiro no meio da cabeça do infeliz.

Antes mesmo de abrir um sorriso, percebi que tinha atraído a atenção de todas aquelas criaturas que caminhavam por ali. Para minha sorte elas não eram rápidas e antes que pudessem entrar corri e puxei o portão. Dei um puxão forte, e ele terminou por fechar sozinho, 2 entraram, e eu rapidamente os acertei, peguei o cadeado e fechei o portão.

Novamente na sala das armas fumando um cigarro, pensando em onde ir, e como chegar lá. Cheguei a conclusão de que nas circunstâncias atuais, ali era o melhor lugar para se estar. Muros altos, armas, remédios e mantimentos para sustentar um batalhão. Após uma limpeza cômodo a cômodo ala por ala, ali seria o melhor lugar para ficar.

Mas e minha família, amigos? Bom no momento é tudo o que posso fazer.

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