Nome Completo: Sérgio Campestre.
Idade: 27 anos.
Data de nascimento: 07/04/1984
Nasceu em: Guaporé/RS
Atualmente está: Em Guaporé/RS
Condição Física: No peso ideal; Mede 1,75 cm.
Características: Aventureiro; Rabugento; Manipulador; Sarcástico; Criativo.
Se encontra: Assustado. Muito assustado.
Antiga ocupação: Empregado numa fábrica de joias.

- Eu fiz uma pergunta! Quem diabos é você?


Sérgio não deixava de olhar para aquela espingarda engatilhada apontada pro seu rosto.



- M-me c-chamo Sérgio.



- Hein?! Você vai precisar falar mais alto, porque sou meio surdo, sabe?



Sérgio percebeu a brecha e disse, desesperado:



- Você não olhou lá fora?! Tem um monte de... "Coisas"... Humanos... Sei lá o que sejam! Mas estão matando os outros!



O senhor ficou encarando Sérgio.



- Por favor, me deixe entrar. Eu não quero morrer.



O senhor ficou uns instantes pensativo. Por fim abaixou a arma e disse:



- Vou te deixar ficar...



Sérgio suspirou aliviado e entrou rapidamente dentro do apartamento.



- Você deu sorte. - Disse o senhor, acendendo um cigarro. - Mais um pouco e eu tinha "chumbiado" sua cara. Mas preciso de ajuda com os móveis, então você veio a calhar também.



- C-como assim?



- Bem, estou ficando velho. Meu reumatismo está me matando. Eu avistei todo esse alvoroço aqui de cima.- O velho sentou-se pesadamente sobre uma poltrona. - Eu vi com esses cansados olhos tudo isso começar desde a entrada da cidade, no oeste, e contornar todo o norte da cidade. Há um tumulto enorme nas ruas e logo chegará aqui. E é aí que você entra.



Sérgio permaneceu calado.



- Olha, eu posso ser velho, mas prezo, e muito, minha vida. Não vou deixar um bando de doentes me matarem desse jeito. - Ele balançou a espingarda de um lado para o outro e terminou apontado para Sérgio novamente. - Então, você vai fazer um servicinho para mim. Você vai dar um jeito de parar eles.



- Não, nem pensar. Aquelas coisas vão subir e...



- Então você vai ter que se virar sozinho e, principalmente, sem uma arma.



Sérgio ficou pensativo. E começou a ter uma ideia sobre o que fazer. Então ele concordou com o senhor, que chamou-se de Pepe. Sérgio desceu até o quarto andar, e viu, durante seu percurso, inúmeros apartamentos abertos, roupas e móveis jogados no chão. Mas ninguém vivo por lá. Ele voltou e pegou móveis do quinto andar e pôs na frente da escada que fazia a junção de andares.

A escada tinha uma vão, e era sustentada apenas por pilares, para dar um "toque" diferente. Aquilo serviria para Sérgio. Ele pegou o extintor do andar e bateu nos degraus até achar a parte mais frágil das escadas. Quando a achou, ele começou a bater com força nela.
E, incrivelmente, começou a dar resultado. Quando o degrau estava quase quebrado, Sérgio ouviu grunhidos estranhos subindo pelo quarto andar.


Sérgio congelou e ficou atento. E então teve contato visual pela primeira vez com aquelas criaturas. Seus olhos eram brancos, sua pele estava toda pálida e manchada de sangue. Aquela criatura soltou mais grunhidos, e em uma velocidade mais lenta que antes, começou a se aproximar de Sérgio.



Ele, por sua vez, ainda estava parado. Quando a criatura falseou num degrau abaixo e quebrando de vez o degrau acima com sua cabeça, Sérgio "acordou" novamente. Então ele se afastou e ficou olhando. A criatura debilmente levantou-se, e deu um passo para frente, caindo com uma das pernas no vão que ela própria havia criado. Então Sérgio agiu. Pegou um pedaço de madeira quebrado, e enfiou entre as costelas da criatura.



Mas ela parecia não ter sentido nada. Sérgio paralisou novamente. " Mas que merda é essa?", ele pensou.



Então um enorme estrondo veio de seu lado direito e cabeça da criatura voou por todos os lados.



- Se tem algo que aprendi na minha vida...- Disse Pepe, colocando munição na espingarda -... É que devemos acertar sempre a cabeça, só para garantir. Agora vê se acorda e faz algo melhor, porque isso que você fez não vai adiantar muito não.



- E-eu tô fazendo meu melhor! - Disse Sérgio, ainda atônito. - Mas estou assustado. Eu não sei em que guerra o senhor lutou, mas isso tá sendo um pouco demais para mim! - Sérgio falou, rudemente.



- Olha como fala moleque! Eu exijo respeito e....



Interrompendo Pepe, inúmeros grunhidos começaram a aparecer e ficar mais fortes. Eles olharam atentamente para a escada. Então dezenas daquelas criaturas apareceram, algumas avançando velozmente.



Pepe e Sérgio começaram a correr de volta para o quarto. O barulho do tiro havia atraído aqueles monstros.  Sérgio, por ser mais jovem, entrou rapidamente no quarto. Quando olhou para trás, Sérgio viu Pepe sendo agarrado e caindo no chão, largando a arma. 



- Socorro, me ajude! - Gritava Pepe.



Sérgio se aproximou rapidamente e recolheu a arma do chão, ao olhar atônito de Pepe, que estava sendo devorado pelas criaturas. Sérgio olhou mais um vez àquela cena, sem demonstrar nenhum sentimento, e entrou no quarto.



Lá dentro ele trancou a porta e recolheu um pouco de munição para a espingarda. As criaturas já estavam na porta, a destruindo. Sérgio foi até a janela e olhou para o prédio logo abaixo.



- Isso vai doer.



Então Sérgio pulou.


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