Nathan: O Começo de Tudo (Parte 01) - Saga Apocalipse

Nome Completo: Nathan Vinícios
Idade: 16 anos
Data de nascimento: 19/01/1995
Nasceu em: Curitiba - Paraná
Atualmente está: em Curitiba - Paraná
Condição Física: Magro, 54 Kg. Altura: 1,70
Características: Ignorante; Rude; Insensível; Inteligente; Orgulhoso;
Se encontra: Cansado e com sono
Antiga ocupação: Estudante

- Obrigado, volte sempre!

Peguei minhas sacolas e saí daquele supermercado. Já estava anoitecendo, eu estava cansado, e, francamente, ter que ir no mercado só pra comprar meia dúzia de coisas me enche o saco. Enquanto eu voltava pra casa na estrada principal que ligava a uma rodovia há alguns quilômetros a frente, vi um de meus velhos conhecidos da escola. Quanto tempo faz desde que estudamos juntos mesmo? Aquele cara era, ou melhor, é um babaca, retardado. Espero que não me veja e venha encher meu saco como da ultima vez, não quero perder meu tempo com um idiota como ele e- Algo brilhante no céu me chamou a atenção e, de repente, explodiu, formando uma imensa nuvem de fumaça verde, e, em seguida, outra e outra explosão.

Quando dei por mim, muitas pessoas estavam paradas, olhando.

- O que será que é isso? - Disse o babacão que eu não queria que viesse até mim.
- E você acha que sei? Francamente. To partindo, falou? - Mal pronunciei essas palavras e tomei meu rumo de volta para casa. No entanto, de uma forma estranha, toda a fumaça verde que estava no céu desapareceu, em questão de segundos.

Eu cheguei em casa.

- Filho, você viu aquilo no céu? - Disse minha mãe, o volume da TV da sala extremamente alto, dificultando meu entendimento.
- Sim. Disseram alguma coisa na TV?

- Estão falando agora, mas ninguém sabe o que é is- Minha mãe parou de falar.
- Mãe? - Ela ficou parada, como se estivesse congelada ou algo do tipo. Mãe, você tá b- Minha fala foi cortada pelos diversos gritos vindos da TV, imediatamente eu olhei para ela, meus olhos arregalaram quando vi os repórteres sendo atacados na rua, de repente, a transmissão foi cortada e voltou para o estúdio, antes que a apresentadora pudesse dizer algo, a câmera foi ao chão, mais e mais gritos podiam ser ouvidos, e, em poucos segundos, o corpo da apresentadora caiu no chão com muitas outras pessoas em cima dela, mordendo-a...

- Mas o que é isso? - Eu disse pasmo, ainda olhando para TV que, em poucos segundos, tornou-se apenas estática. Tudo ficou silencioso, exceto pela estática da TV e pela respiração de minha mãe, que, a propósito, estava muito intensa...

- Mãe? - Ela ainda estava na mesma posição, seus olhos estavam vermelhos e lacrimejantes. - O que tá acontecendo com você mãe?! Porque voc--
- yharrhhrghr!- Minha mãe soltou um grunhido grotesco e me acertou com um único golpe, levando meu corpo ao chão, antes que eu pudesse perceber, ela já estava em cima de mim.

- Mãe o que "cê" tá fazendo? - Eu gritei enquanto lutava para manter o rosto de minha mãe longe de mim. Por algum motivo ela estava tentando me morder.

- Mãe, para com isso!

- Ghuaarrr. Aiiiiiirggh. Blarrggiia... - Era tudo o que saia da boca dela. Suas mãos frenéticas me arranhavam, me socavam. Eu a empurrei com toda minha força, jogando-a contra a parede. Me levantei e corri pelo corredor de casa até a lavanderia, eu não queria ir até lá, mas foi o único lugar da casa para onde meus pés me levaram. Eu peguei a primeira coisa que vi, uma vassoura, e me virei, minha mãe já estava em cima de mim novamente. Eu segurei a vassoura em "modo de ataque", porém, com um único golpe minha mãe quebrou o cabo da vassoura no meio. Eu dei alguns passos para trás recuando e caí novamente.

Minha mãe se jogou em cima de mim, eu ainda estava com aquele cabo quebrado em mãos e, para meu desespero, ele atravessou a cabeça de minha mãe que se debateu no chão por alguns segundos e depois não se mexeu mais. Eu me levantei, estava todo ensanguentado, desesperado. Eu me aproximei do corpo da minha mãe, eu já não conseguia falar nada, nem mesmo pensar. Eu toquei em seu pescoço para ver se tinha pulsação, mas já não havia. Então, antes de eu gritar insanamente, percebi que aquela não era mais minha mãe, seus olhos estavam completamente vermelhos, sua pele extremamente quente e ela exalava um odor muito estranho, algo que eu não pude identificar.

Eu saí da lavanderia, fui até a cozinha, peguei um copo d'água, bebi, me aclamei, então eu pude ouvir os gritos que eu não ouvia antes devido a adrenalina. Eu espreitei pela janela da cozinha e vi, aquilo parecia cena de filme de terror. Eu corri, tranquei todas as portas e janelas e voltei para a sala, troquei a TV de canal mas tudo estava do mesmo jeito, apenas estática. Então liguei meu rádio, fui alterando a frequência. Quando por fim encontrei uma frequência onde havia alguém falando, todas as luzes se apagaram.

Apenas a luz do por do sol e os gritos preenchiam o vazio da minha casa...