Em qualquer cidade, em qualquer país, vá a qualquer estátua ou placa que seja um memorial de guerra e olhe para os nomes ali escritos. Observe cada uma das listas até encontrar um nome escondido pela sujeira ou pelo pó, confie nos seus sentidos, se fizer isso, será mais fácil de encontrar. Varra essa sujeira para que as letras vermelhas se revelem por baixo e olhe para o nome, memorize-o.

Vá a uma floricultura e compre uma única e negra rosa, não dizendo nada além do necessário. Após a flor ter sido embrulhada para você, pegue a tesoura do florista e corte as cabeças de todas as outras rosas da loja, ignorando tudo que o atendente possa dizer ou fazer. Depois, deixe a loja com a rosa negra.

Dirija-se para a parte rural, através de quaisquer meios que ache necessário, e pegue o talo de uma cicuta quando puder. Tenha certeza de manter a cicuta na sua mão direita e de segurar a rosa em sua mão esquerda. Ande por um campo, não importa o que cresça nele desde que não haja vida animal. Conforme segue em frente, sua mente será preenchida por imagens de guerra, morte e luta. Será mostrado tudo, de discussões de famílias à batalhas famosas. Não tente compreendê-las, elas podem te deixar louco. Assim que chegar ao centro do campo, sente sobre seus joelhos e ponha a rosa negra a sua frente, sussurrando as palavras: “em memória de...”. Termine com o nome que viu na placa do memorial.

Se falhar em lembrar o nome, ou se estiver carregando as flores com as mãos erradas, então sentirá vinhas o enclausurando. Elas o arrastaram por baixo do solo em que está. Você se engasgará ali e se sentirá sendo destroçado pelas plantas, vai se sentir morrendo devagar, se mantendo consciente o tempo todo.

Se, no entanto, sussurrar o nome correto, a rosa se erguerá, abrindo uma passagem no solo. Entre, mas não olhe em volta. Cercando-o está uma carnificina sem fim: plantas e animais moribundos, pessoas sendo mortas, prédios caídos e queimados, a própria natureza sucumbindo a destruição. Um olhar para qualquer uma dessas coisas e se tornará parte delas.

Você verá um homem parado à distância, aproxime-se dele devagar. Permaneça em silêncio, você deve respeitar a morte. Ele se voltará e olhará para você. Você deve olhar dentro dos olhos dele e verá a você mesmo na floricultura. Ouvirá o grito de cada flor das quais cortou as cabeças. Ele então lhe mostrará cada vez que você causou dor, carnificina ou morte a qualquer criatura, vida vegetal ou pessoas.

Isso deixa muitas pessoas insanas, mas você tem que ser capaz de aguentar até que ele pisque, esticando sua mão na direção da cicuta. Não a entregue a ele, em vez disso, estraçalhe as flores e diga: “você não será a minha morte.”. O homem gritará e sacará a rosa negra de um dos cenários atrás de você. Ele a apunhalará contra você e a sensação será como se um espinho penetrasse seu coração.

Você desmaiará. Acordando, depois, de frente à memorial. Olhe para ele e verá que o nome que usou antes está, novamente, coberto por poeira. Limpe a poeira e essa seção da placa virá até sua mão.

Esse é o Objeto 1168 de 2538. Não se esqueça que o maior estrago pode ser causado pela menor das ações.

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