Um dos piores momentos que Vagner passou em sua jornada foi quando ele estava perseguindo uma Baba Yaga que havia fugido dele após um grande embate por suprimentos e proteção.

Ela já havia pego uma considerável distância, ficando um ou dois dias dele. Fosse qualquer outra criatura, ele já teria deixado partir. Mas acontece que ela havia pego sua mochila com suas armas, e ele iria precisar delas para continuar vivo.

Entretanto, não demorou muito para encontrar o demônio. Ela estava dilacerada, de uma forma brutal. Vagner analisou o lugar. Não havia pistas. Na verdade não havia nada. Apenas uma grande mancha preta no gramado. E nenhum sinal da sua mochila.

Ele estava amargurado, triste, com fantasmas do passado ainda ecoando em sua mente, e não tomava muito cuidado. Inevitavelmente caminhava para a perdição da sua vida e de seu espírito muito mais rápido do que imaginava.

Vagner andou um tempo sem rumo. Apenas procurando por algo que talvez não encontrasse nunca mais, esperando por sua morte.

Conforme Vagner olhava os arbustos e árvores, e adentrava ainda mais fundo em uma floresta escura e fechada, ele percebeu um silêncio cada vez mais constante e pesado.

Sabia que não era normal. Na verdade, nada mais era normal. Mas aquele momento identificava alguma coisa. Algo que ele não lembrava.

Tentou se esforçar para uma das memórias aparecerem. Mas por algum motivo nada vinha. Então lentamente Vagner pegou uma pedra do chão e atirou em um das grandes árvores que ficavam por ali.

Tão logo a pedra tocou a dura camada de madeira, fazendo nada muito maior que um som rápido e abafado, um enorme cachorro preto, do tamanho de uma casa, bateu contra a árvore furiosamente e caiu no chão arfando. Ele até poderia parecer amigável, caso não fosse tão estranho.

Ele não possuía boca e nem ouvidos. Era curioso como havia escutado o pequeno barulho na árvore. Isso era tão curioso quanto o fato dele ter chegado tão rápido e brutal sem mesmo ter uma perna. 

Em cima da sua cabeça, uma grande mancha vermelha, e acima dela, uma coroa vermelha.

Vagner agachou-se na hora e não fez mais nenhum barulho. Sabia que seria caso de vida ou morte. O ser a frente dele não era um demônio qualquer. Ele havia se lembrado.

O demônio na sua frente se chamava Alu.

Um antigo demônio da Mesopotâmia.


Revisado por: Rogers

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Um comentário:

  1. Puta que pariu cara cada vez mais essa historia sua me prende kkkkk
    Continue assim velho ta realmente excelente!

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