[Tenha a certeza de ter lido "O Jogo - Capítulo #1" antes de ler este conto]


- Essa floresta... É tão louca quanto a descrita no conto.
- Caralho.

A disposição das árvores e o rumo que cada um de seus galhos tomavam era realmente estranho. As luzes que ali iluminava piscavam como luzes de natal. Era como se eu tivesse tomado um LSD. As arvores então pareciam se mover, as folhas caim para baixo e depois voltavam para cima. Essa piração toda me fez esquecer completamente a dor em meu braço.

- Aqui. - disse Bia.
- Ah, sim. - Concordei.


Bia apontou para um barranco onde havia uma tubulação de esgoto. Se me lembro bem, os garotos passaram a noite aqui dentro, então, por enquanto, é seguro.

- Está com fome mano?
- Não, e você?

- Nem um pouco, por sorte havíamos jantado a pouco tempo.
- Sorte demais.

- Vamos nos esconder aqui, até o amanhecer.
- Sim, claro. Vamos nos revezar para vigiar.

Entramos naquela tubulação de esgoto que nunca pareceu ser usada. Que sorte. Para cabermos lá dentro tínhamos de entrar meio abaixados, mas isso não era problema, dava para ficar sentado e deitado tranquilamente.

- Vai ser meio difícil dormir com essas luzes.
- Não tem problema, eu fico na sua frente, tapando a entrada de qualquer raio de luz.

- Gracinha. Então eu vou primeiro.
- Beleza mana, assim que cansar nós trocamos.

- Espera. Um dos garotos bebeu a água daquele rio, certo?
- Sim, ele bebeu.

- Acha que possamos beber também? Será que ela é limpa?
- Bom, no conto não dizia nada, e o garoto não morreu quando tomou a água dali, na verdade, ele foi o último a morrer. Porquê? Você está com sede?

- Não... E- ela fez uma cara de vergonha - Eu... estou suja...
- Ah, sim - cara, é verdade, estamos fedendo a mijo - mas será que tem um lugar mais fechado nesse rio para que possamos entrar? Não dá pra vacilar ali no meio, é muito aberto.

- Você tem razão... Quer arriscar sair daqui por um tempo?
- Eu - na verdade não queria, estava com medo, mas, mesmo que eu dissesse que não, ela com certeza iria sozinha, e eu não quero ficar só aqui, muito menos deixa-la sozinha - Eu também estou fedendo, então vamos, mas com cuidado, ok?

- Certo mano.

Nos levantamos e saímos dali, com o maior cuidado, olhando para todos os cantos e tentando manter-se o menos visível possível. Não precisamos caminhar muito para encontrar um pedaço do rio em que era oculto por árvores e matos.

- Você percebeu mana?
- O que Luca?

- As luzes...

Eu não tinha percebido, mas ele estava certo. Aquelas luzem que piscavam vindas do além pararam, apenas uma faísca de luz do que parecia vir da lua, agora visível, iluminava com preguiça o lugar onde estávamos.

- Sim, percebi... e não é só isso. É como se... parece que tudo voltou ao normal.
- Não. Não voltou. Veja:

Lucas apontou para uma extremidade onde os galhos das arvores não se entrelaçavam tanto. E, através deles, um pedaço da cidade, lá no horizonte, se via. A loucura permanecia lá. Parecia um cubo mágico em constante movimento.

- Deus...
- Sim... mas não acho que rogar seu nome agora vá adiantar de algo.

Olhei para cima, havia um grande galho que se estendia até a metade do rio.

- Mana, subirei ali, acredito que consigo cobrir uma área maior se ficar ali em cima. Tem problema?
- Err- ela me olhou novamente com aquela cara envergonhada - se é pela nossa segurança, não.

- Espere aqui, quando eu te der um sinal você pode se banhar tranquilamente. Ficarei de olho.
- Tu- Tudo bem...

Essa árvore é um pouco alta, mas dou conta de subir tranquilamente, e foi o que fiz. Me arrastei por aquele galho que se seguia até a metade do rio antes de subir uma vez mais e me sentei. Olhei aos arredores, agora a luz parecia brilhar mais do que quando estava lá em baixo e, se algo ou alguém se aproximasse, eu com certeza veria.

Ele estava lá em cima, olhando para os arredores. Eu esperava por seu sinal. Estava com medo mas precisava me limpar. Lucas então olhou pra mim e balançou a cabeça. Esse era o sinal.

Eu entrei, a água estava tão boa. Andei um pouco para frente, sem querer ir muito ao meio. A água batia em minhas coxas, então parei, me agachei, constrangida, olhei para todos os lados, e tirei minha calça. Chacoalhei bem e dei umas boas esfregadas. Quando terminei de limpá-la, arremessei até a ponta do rio. Agora, eu tiraria minha camisa...

Ela entrou no rio, foi quase até o meio. O rapaz sentado lá em cima, com os olhos arreganhados e a cabeça virando para todos os lados freneticamente. Mas ninguém seria visto ali.

Seu corpo estremeceu com a água gélida. Aguardou um breve momento para que seu corpo se acostumasse com a temperatura. Enquanto olhava para todos os lados fez um movimento rápido e arremessou algo para fora do rio, ao olhar com mais atenção pude perceber que eram suas calças. Em seguida arremessou sua camisa... A partir deste momento não pude a ver somente como uma garotinha assustada, seu belo corpo brilhava sobre a luz do luar, seu cabelo negro como a mais escura das noites repousava sobre seus fartos seios, e cada movimento que ela realizava para limpar seu corpo a tornava mais graciosa.

A água que escorria de seus cabelos deslizava sobre seus seios e arrepiava seu corpo aos poucos. Sua pele, antes suja, agora brilhava tão intensamente quanto à própria lua, seus movimentos eram mais e mais sensuais aos meus olhos, chegando ao ápice no momento em que ela retirou suavemente seu sutiã, seus seios agora descobertos se mostravam rosados e vividos, sensuais e tentadores, meu desejo de tê-la em minhas mãos apenas aumentava... Enquanto fazia forma de concha com suas mãos e deslizava a água em seu corpo me dava conta de que estava machucada, um pequeno e leve corte um pouco abaixo de seus seios a fazia sangrar, acompanhei o rastro que seu sangue deixava, descendo por sua cintura escultural, passando por entre seu quadril até se desfazer nas águas próximas a suas coxas...

Neste momento, ela decidiu retirar sua roupa mais intima, com uma sensualidade que somente os humanos podem ter, ela parecia dançar ao retirar sua calcinha, o tempo parecia ter parado diante aquela magnifica cena, as gotas d'água agora passavam misturadas ao sangue por entre suas pernas a fazendo estremecer, a água ainda estava gélida e parecia a fazer sentir um prazer desconhecido ao passar dentre suas pernas, aos poucos ela entrava na água deixando apenas sua cabeça coberta... E quando ela saiu da água a sua pele brilhava realçando ainda mais seu corpo...

Neste momento um barulho a assustou...

Continua

3 comentários:

  1. A historia esta bem legal mas tem três pessoas contando ela?
    Ate parece um depoimento kk

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  2. He he, será mesmo três pessoas? Ou será que são apenas três pessoas? E que pessoas seriam essas?

    Mistérios muito estranhos, Batman.

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  3. Namoral , que conto foda ! O primeiro achei fraco e desnexo. Mas esse lance de vários pontos de vista . Foda !

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