Nome Completo: Sérgio Campestre.
Idade: 27 anos.
Data de nascimento: 07/04/1984
Nasceu em: Guaporé/RS
Atualmente está: Em Guaporé/RS
Condição Física: No peso ideal; Mede 1,75 cm.
Características: Aventureiro; Psicopata (mudou seu comportamento Rabugento); Manipulador; Sarcástico; Criativo.
Se encontra: Analisando a situação.

Respirei fundo e tapei o sol com o rosto. Ele estava muito forte para essa época do ano.

Já havia passado alguns dias desde que eu tinha chegado naquele prédio no autódromo. Eu estava tentando manter as garotas vivas, mas elas estavam se recusando a comer qualquer coisa. Então eu batia nelas. Aí percebia meu erro e passava minhas mãos nos seus rostos. Não queria deixar com hematomas aqueles rostos lindos.

Mas agora eu estava preocupado com outras coisas. Eu precisava sair dali. Precisava encontrar um lugar realmente seguro. Afinal, o que impedia o governo de jogar alguma bomba aqui e acabar com tudo antes que isso se alastrasse? Nada. Claro, se ainda houvesse governo e isso fosse só um caso isolado no país.

Eu olhava para o imenso pátio onde antes ficavam carros estacionados. Na verdade ainda tinha alguns deles. Olhei mais atentamente para o chão. O número daquelas coisas havia subido bastante. Logo eu não seria mais capaz de sair dali em segurança.

Entre aqueles seres, estava Gabriel. Ele olhava para mim em um gesto desesperado.

- Tsc, mesmo morto ele ainda quer vingança. Cara, você sabe que isso não leva a nada? - Mirei o rosto dele e cuspi.

Errei feio.

- Preciso melhorar minha pontaria.

Entrei novamente no prédio e fui tomar alguma coisa. Eu tinha muitos alimentos lá, mas a maioria era porcaria e só fazia eu ter mais sede. E o calor não ajudava também. Consequência: Estava começando a acabar as bebidas.

- Cerveja, cerveja, cerveja, refri, refri, cerveja... Ahhh, nunca pensei que imploraria por um pouco de água. Ah, achei! - Encontrei uma garrafa de água dentre toda aquela porcaria no freezer desligado.

Enquanto eu bebia eu pensava na minha fuga. Mas nada vinha na minha mente. Olhei para a mesa que eu estava sentado.

Havia várias coisas entalhadas. Fui vendo o que estava escrito.
"Jéssica e Marcos, forever"
Tsc, tosco.
Havia um desenho de um ato sexual embaixo da frase, com certeza vindo de outra pessoa.
Soltei uma risada.
Então tinha desenhos abstratos, de bolas, cachorros, copos, aviões...

Esse último me fez ter um estalo. Claro, por que não tinha pensado nisso antes? Guaporé tem um pequeno aeroporto. Se eu fosse para lá talvez eu achasse algum avião de pequeno porte. Por que não tentar? Era um risco que valeria a pena, pelo menos para mim.

Ainda era dia quando eu subi no prédio novamente e olhei para os carros. Lembrei que Gabriel havia dito que o carro dele tinha gasolina suficiente para uma viagem.

Voltei para as garotas e pedi onde estavam as chaves do carro. Elas não tinham mais esperanças nos olhos, e tive satisfação em notar isso. Era tão bom ter domínio das coisas! Mas a resposta que recebi não me agradou nem um pouco.

A chave estava presa ao bolso de Gabriel.

Saí do quarto do amor com muita raiva. Esbravejei e chutei umas cadeiras.

- Eu sou muito burro mesmo!

Então tive uma ideia. Uma magnífica ideia. Pensei e bolei tudo nos mínimos detalhes. Não ia dar errado. Então dei um sorriso, e fui aproveitar com as garotas nossa última noite juntos ali.

De manhã, quando Sabrina acordou e percebeu sua amiga sumida, ela fez uma gritaria:

- Anita! Cadê você?! Anita!!

Entrei furioso no quarto.

- Cala a boca! Quer que as criaturas apareçam todas aqui, vadia?!

- O que você fez com ela? - Ela gritou, chorando.

Me  agachei perto delas e afrouxei um pouco as cordas que a mantinha presa.

- Calma garota. Ela está nos ajudando a sair daqui.

- C-como assim?

- A gente vai ir embora. Ela está me ajudando. Agora mantenha a calma ouviu bem? Senão vou socar esse rosto lindo, e eu não quero que você se machuque.

Ela olhou para mim uns instantes, e abaixou a cabeça.

Sorri e saí do quarto. Fui até a janela. Peguei a corda e comecei a descer novamente. Anita tentava se soltar e gritar, mas eu tinha amarrado bem ela e tampado bem aquela boca.

Assim que ela atraiu as criaturas, e, principalmente, Gabriel, eu desci do prédio e fiquei esperando escondido atrás de um carro. Eu estava com uma arma na mão e um pé-de-cabra em outra. Gabriel estava afastado dos outros. Era perfeito.

Enquanto os zumbis devoravam Anita, eu me aproximei rapidamente e cravei o pé-de-cabra na cabeça do Gabriel. Rapidamente busquei em seus bolsos a chave do carro. Os zumbis me notaram e alguns começaram a vir na minha direção. Achei a chave e arranquei ela do bolso dele. As criaturas quase me pegaram, mas consegui subir de volta para o prédio.

Tomei um ar, me acalmei, fiz uma mochila com alguns mantimentos, armas e munições, e fui de encontro à Sabrina.

- E aí, está pronta?

- Onde está Anita?

- Ela tá esperando a gente no carro. Gabriel está lá também.

- V-você não matou ele??

- Claro que não! Você acha que eu sou um monstro?

Ela não respondeu.

- Agora vamos. - Eu disse. - Temos que ser rápidos. Não temos muito tempo. - Apoiei ela em mim e saímos do prédio.

Ela estava muito debilitada e cansada. Não caminhava, e se arrastava. Eu não podia pedir algo melhor.

No meio do caminho para o carro, ela fez a burrice de olhar para trás e ver sua amiga pendurada sendo devorada. Era uma pena! Eu queria um lanchinho para viagem. Mas isso era útil também.

Ela soltou-se de mim e desabou, chorando muito alto e gritando o nome da amiga.

Eu simplesmente aproveitei a oportunidade, pude abrir o carro e dar a partida nele sem muita pressa. A garota chamou a atenção e não tinha forças para fugir. Foi devorada enquanto eu começava a dirigir para fora do autódromo.

Achei um pen-drive e coloquei ele no rádio do carro. A música que começou a tocar era "Highway To Hell", do AC/DC. Dei uma grande risada.

- Perfeitamente no clima. Enfim, o garoto tinha algo bom pelo menos. - Falei para mim mesmo.


Aumentei o som e apenas aproveitei a viagem até o aeroporto.

2 comentários:

  1. Espero sinceramente que o Sérgio morra em breve.

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    1. KKKKK

      Bem, essa é uma Saga que eu adoraria ter continuado. Mas ela está pausada por tempo indeterminado. Não há muito tempo para os escritores e parece que não foi tão bem "aceita" aqui no blog. Mas quem sabe algum dia não é?

      E que bom que você pensa assim de Sérgio. Ele com certeza saberia o que fazer kkkk ^-^

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