Sérgio: Iniciação (Parte 01) - Saga Apocalipse

Nome Completo: Sérgio Campestre.
Idade: 27 anos.
Data de nascimento: 07/04/1984
Nasceu em: Guaporé/RS
Atualmente está: Em Guaporé/RS
Condição Física: No peso ideal; Mede 1,75 cm.
Características: Aventureiro; Rabugento; Manipulador; Sarcástico; Criativo.
Se encontra: Trabalhando e cansado.
Antiga ocupação: Empregado numa fábrica de joias.

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- Caralho, que merda! - Berrou Sérgio.

- Ow, olha a boca. - Falou o colega ao lado dele.

- Ah, vai se ferrar! É hoje que eu peço a conta dessa espelunca.

- Duvido muito. - Seu colega deu uma pequena risada.

- Isso não é serviço para mim, eu devia era já ter ganho uma promoção. Ei, cara, por que não combinamos algo hein?

- Nem vem com esse papo. Já dei com os burros na água contigo uma vez e não vou dar de novo.

- Humpf. É porque você não soube "ler nas entrelinhas". Eu não disse que te pagaria. - Sérgio virou-se para o colega da sua direita. - E você "modafôca", o que acha de ganhar um lugar ao sol?

- Não é isso que eu preciso.

- Não. Mas eu posso conseguir o que você precisa.

- Duvido. Acho melhor você parar com esses golpes. Você já tá muito manjado aqui fera.

- Claro papai. Pode deixar que eu vou mudar. Desculpe. - Sérgio falou sarcasticamente.

- Qual é dessa conversa toda? - O chefe havia aparecido. - Não pago vocês para falar, e sim pra trabalhar.

- Sim senhor. - Os empregados disseram.

Assim que ele saiu, Sérgio resmungou:

- Babaca.

- Shh. Se ele te escuta...

- Eu quero mais que ele se foda. - Sérgio começou a se levantar.

- Onde cê vai?

- Dar uma relaxada, tomar uma cerveja. - Sérgio encarou uns instantes seu colega. - Você é minha mãe a quem eu devo satisfações agora? Ah, vai se ferrar.

Sérgio, de uma forma explicita, deu uma grande ajeitada em sua cueca, e foi em direção ao banheiro.

- Otário. - Um de seus colegas resmungou para outro. - Eu só não parto pra cima porque não quero perder o emprego.

- Uma hora dessas ele leva uma camaçada de pau. Relaxa.

Sérgio entrou no banheiro e começou a fazer suas necessidades. Então, ele ouviu um barulho de algo quebrando do lado de fora. Desconfiado, ele dirigiu-se lentamente para a janela acima do vaso sanitário. Tentou ver o que era, e aproximou ainda mais sua cabeça. Então, nesse momento, um gato passou rapidamente, miando. Sérgio tomou um susto, e jogou-se para trás, molhando sua calça.

- Merda!

Estava se limpando, quando deu o sinal. Eram 18 horas da tarde. Mais um dia de serviço acabara.

- Menos mal. - Sérgio resmungou sozinho.

Ele terminou de se limpar e esperou que todo mundo saísse. Era época de Natal, estava quente. Assim que ele ficou sozinho, ele saiu do banheiro, e dirigiu-se para a saída, torcendo para que o molhado de suas calças secasse com o calor do dia.

O sol ainda estava no céu quando ele passava pelas lojas em direção à sua casa. Elas todas estavam com enfeites natalinos e "promoções". Sérgio parou em uma dessas vitrines e ficou olhando uma lingerie de "Mamãe-Noel". Ele deu um leve sorriso pervertido, e imaginou alguma garota com aquilo. Já fazia tempo que ele não se relacionava com ninguém. Ele sabia que o maior problema era seu gênio. Sua aparência não era das piores. Não ao seu ver. Tinha a barba para fazer, uma charmosa cicatriz do lado esquerdo da cabeça, providenciada por uma antiga briga de rua, cabelo rente a cabeça, parecendo um militar. E algumas sardas espalhadas pelo rosto, mas apenas algumas. Não, ele não se considerava feio. Olhou novamente a lingerie e pensou que daria aquilo de presente natalino para a namorada, se tivesse alguma.

Então, ele olhou pelo vidro da loja, e viu um carro. "Um carro? O que ele está fazendo lá dentro?", Sérgio pensou. Ele ficava cada vez maior e maior. Sérgio aproximou a cabeça do vidro e olhou mais atentamente. Então a ficha caiu. O carro não estava dentro da loja. Era o reflexo dele. O que significava que ele vinha na sua direção. Instintivamente Sérgio saltou para o lado e caiu no chão no exato momento que o carro subiu na calçada e entrou dentro da loja.

Sérgio arregalou os olhos e levantou-se. Estava com suas pernas tremendo. "E-eu quase m-morri!", ele pensou.

Então ele olhou por onde o carro tinha vindo e viu algo inacreditável. Pessoas corriam de outras, que pulavam em cima delas e as comiam com uma ferocidade incrível. Sérgio ficou parado, sem entender nada. Então, quando alguém bateu nele enquanto corria, ele "acordou" de seu transe, e começou a correr também.

Aquelas criaturas se aproximavam rapidamente. Ele nunca viu ninguém correr como eles. Ele pulavam sobre os outros ao seu redor, derrubando-os com uma força incrível.

Sérgio sabia que não podia ficar na rua. Avistou um prédio qualquer e entrou nele, fechando a porta e subindo as escadas. Quando chegou ao 5º andar, com suas pernas doendo, foi até o final do corredor e entrou em um quarto qualquer.

Assim que ele entrou, um velho apareceu com uma espingarda apontando direto para a sua cabeça. Ele engatilhou ela e disse:

- Quem é você?